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quarta-feira, agosto 13, 2008

ALERJ COMEMORA 50 ANOS DA BOSSA NOVA !!!!!


COLUNA SOCIAL E POLITICA

ARTISTAS CELEBRAM OS 50 ANOS DA BOSSA NOVA EM NOITE SOLENE NA ALERJ Um dos mais importantes movimentos musicais surgidos no Brasil no século XX, a Bossa Nova encheu de sons o Plenário Barbosa Lima Sobrinho da Assembléia Legislativa do Rio nesta terça-feira (12/08). Por iniciativa da deputada Inês Pandeló (PT), nomes como Roberto Menescal, Francis e Olívia Hime, Leny Andrade, Wanda Sá e o Quarteto em Cy receberam uma justa homenagem pelos 50 anos do gênero que revelou artistas como Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Nara Leão, condecorados com o Diploma Cristo Redentor em caráter post mortem. "Quem nunca teve uma música e considerou que ela tenha sido feita só para você? É como diz outro poeta da canção, o Milton Nascimento, na letra de 'Certas Canções': certas canções que ouço calam fundo em mim", afirmou a parlamentar. Bastava olhar para a primeira fila de cadeiras da platéia no plenário para ver que alguns dos ícones bossanovistas, que foram responsáveis pela difusão da música brasileira no País e no exterior, estavam reunidos e felizes com a sessão organizada no Parlamento fluminense. "É uma homenagem mais do que merecida e que sempre faz muito bem por reverenciar os artistas que elevaram o nome do Brasil lá fora", afirmou a cineasta Isabel Diegues, filha de Nara Leão, que, junto ao irmão, Francisco, e ao pai, o também cineasta Cacá Diegues, recebeu o diploma em nome da mãe. "Nara não foi apenas a musa da Bossa Nova, mas abrigou, como poucos, a multiplicidade daquele gênero, por onde também passearam, pelas mãos da cantora, Nelson Cavaquinho e muitos outros", apontou o jornalista e historiador Ricardo Cravo Albim, um dos que compuseram a mesa de cerimônia. Com agenda de shows lotados em outros países, a cantora Leny Andrade, que veio ao Palácio Tiradentes direto do aeroporto, foi uma das mais animadas no evento. Ao receber sua moção de congratulações, ela quebrou o protocolo e pediu a palavra: "É com imenso prazer que estou aqui, recebendo uma homenagem desse nível. É muito gratificante ver que a Bossa Nova continua viva e influencia uma garotada tão boa e que está no caminho certo, o caminho do som" – Leny estava se referindo à Orquestra Jovem do Conservatório Brasileiro de Música, que executou obras de Tom Jobim, Chico Buarque, Francis Hime, Carlos Lyra, Menescal, Ronaldo Bôscoli e Marcos e Paulo Sérgio Vale, dentre as quais "Samba de Verão", "Vagamente" e "Influência do Jazz". "A música vale tanto quanto o pré-sal. Música é petróleo", frisou o diretor do Centro de Música da Fundação Nacional de Arte, Pedro Müller, que também fez parte da mesa. Autor da canção "Passaredo", uma das executadas pela orquestra, Francis Hime classificou a homenagem feita pelo Legislativo fluminense como "muito emocionante". "Especialmente para mim porque estudei no mesmo conservatório que esses meninos e hoje fui, aqui, homenageado pelos meus colegas de colégio", comparou. "Sou de uma segunda geração da Bossa Nova que sucedeu grandes nomes como Tom, Carlinhos (Lyra), Baden (Powell) e Menescal. Foi um movimento grande que influenciou e abrigou muita gente", acrescentou Hime, que também recebeu moção de congratulações das mãos da deputada Pandeló. O artista e praticamente todos os demais que participaram da cerimônia fizeram questão de lembrar ainda que as comemorações pelos 50 anos do movimento bossanovista vão continuar com o lançamento, em breve, do documentário "Coisa mais linda", de Pedro Antônio Paes, cujo trailer foi exibido na sessão. Um dos mais produtivos músicos da Bossa Nova, Roberto Menescal disse que o gênero, que nasceu em Copacabana, tem muitos motivos para ser reverenciado. "A gente trabalhou muito para que tudo isso acontecesse. Prometo que, daqui a mais 50 anos, estaremos de volta para receber mais homenagens", brincou o artista, arrancando gargalhadas do plenário. A produtora musical Solange Kafuri, que realiza shows com cantores de Bossa Nova em todo o País, informou que está tramitando no Congresso Nacional um projeto de lei que institui o 25 de janeiro como o Dia Nacional da Bossa Nova. "Escolhemos essa data porque é o aniversário do Tom Jobim. O projeto já passou pela Câmara dos Deputados e, agora, vai para o Senado", revelou. "Eu, que sou fã desse gênero, espero muito que a Bossa Nova continue sendo cada vez mais homenageada", comentou Pandeló. O cineasta Pedro Antônio Paes, a produtora Kafuri e a jornalista Rogéria Gomes, da TV Alerj (Canal 12 da NET), também estavam na mesa de cerimônia do evento. Os deputados Tucalo (PSC) e Sula Carmo (PMDB) assistiram à sessão no plenário.

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