LUIZ GUILHERME E CECILIA PLENTZ
ANA TRANCREDO E CHICO ABREIA
Fotos : Vera Donato
Poucos profissionais no Brasil tiveram a oportunidade de acompanhar de tão perto a história da música no país, incluindo diferentes ritmos e artistas. Luiz Oscar Niemeyer é um deles. Seu primeiro contato com grandes artistas brasileiros foi ainda criança, com cerca de 8 anos de idade. Sua tia era professora de canto, Lilia Nunes, e dava aula para ninguém menos que Nara Leão e Taiguara. E ele acompanhava de casa essas aulas.... admirando.Essas e outras histórias estão no livro Memórias do Rock (ed. Francisco Alves), que o produtor Luiz Oscar Niemeyer lança esse mês. Responsável por grandes shows no país, como os Rolling Stones na praia de Copacabana e as turnês de Paul McCartney, Niemeyer conta sua trajetória, desafios e casos de bastidores.Pouca gente sabe, mas os pedidos desafiadores das estrelas da música para seus shows chegaram ao Brasil junto com o Rock in Rio, em 1985. Rod Steward foi o mais difícil, com a exigência de 200 toalhas para sua apresentação. O pedido virou folclore. Como não existia esse número disponível, Amin Khader, então responsável pelos camarins, passou por todos os hotéis da Barra recolhendo as toalhas que encontrava. Durante o show, Stewart usava 2 a 3 toalhas a cada música para se enxugar, assim como sua banda. Hoje, pedir toalhas em quantidade já nem assusta mais...Ainda sobre bastidores... os Beatles quase vieram ao Brasil.... Em 1993, o produtor Luiz Oscar Niemeyer recebeu um telefonema de Barrie Marshall, que cuidava da carreira dos músicos ingleses, perguntando o que ele achava de fazer um show dos Beatles no país. Eufórico, Niemeyer só falou “como assim???”.“É simples, vamos reunir Paul, George e Ringo, para fazer o réveillon na Praia de Copacabana, e, de repente, ainda trazemos Eric Clapton para completar”, completou Marshall.O projeto acabou não sendo concretizado. Anos mais tarde, a atuação de Luis Oscar foi fundamental para trazer Paul McCartney algumas vezes ao Brasil, passando não só por Rio de Janeiro e São Paulo, mas também por cidades do Sul, Nordeste e Centro Oeste. Em 2017, ele chegou ao marco de 1,5 milhão de ingressos no país. Em 2019, voltou para shows em São Paulo e Curitiba.
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