Esta semana marca uma série de eventos em torno dos 80 anos do ex-deputado Aloysio Maria Teixeira Filho, que vem de uma longa e correta presença na política, na administração e na vida associativa do Rio. Referência em sua geração entre os formados pelos jesuítas do Colégio Santo Inácio, rica em valores de nossa diplomacia, meio empresarial e jurídico.
Aloysio teve dois mandatos de deputado estadual e dois de federal, sempre pelo PMDB. Foi constituinte presente, tendo integrado com fidelidade integral o grupo político que conteve a pressão das esquerdas para tumultuar a vida nacional. É reconhecido pelas lideranças, inclusive o presidente José Sarney, pela independência de suas posições. Uma de suas propostas, que não foi aprovada por nove votos, anulava o decreto que proibia os jogos em cassinos no Brasil. Considerando que se joga em tantas loterias, que o setor poderia gerar mais de cem mil empregos diretos e movimentar a economia em tantos setores, como a hotelaria, revelou todo seu pragmatismo ao propor a simples revogação daquele instrumento.
Recém-formado em engenharia, nos quadros do Governo do Estado da Guanabara, assumiu o setor de obras e manutenção da região da Gávea, onde revelou seu talento de dinâmico gestor público. Logo depois foi nomeado administrador regional de Copacabana, dando visibilidade ao cargo em função de atuação criativa e presente na vida do importante bairro do Rio. A consequência natural foi ter conquistado condições de sólida base eleitoral, confirmada no pleito de 1974, em sua primeira eleição. Sempre entre os mais votados, fruto de impecável atuação. Cultor da formação ética e moral recebida de seu pai, o desembargador Aloysio Maria Teixeira, outro que se destacou em sua geração de juristas. O avô Paulo Martins foi constituinte em 1934.
Aloysio, sempre apoiando a atividade do turismo como de relevância econômica e social na cidade e no Estado do Rio, dedicou-se a empreendimentos hoteleiros, sempre em seu bairro Copacabana. Muito ligado ao tio, Paulo Martins Filho, de quem foi único sobrinho e herdeiro, que foi genro do grande empreendedor Francisco Serrador, dono do hotel que levava seu nome no centro do Rio, o preferido da classe política, por ficar a poucos metros do então Senado Federal, soube absorver os ensinamentos de seus familiares.
Ganhou a admiração de muitos pela sua ação solidária e generosa a amigos e companheiros, sobre a qual guarda absoluta discrição. E o que justifica o reconhecimento de todos é uma vida pública, associativa, empresarial, familiar e social impecável. Parabéns a ele, à mulher, Joana, e aos filhos Lucas e Antônio.