Líder da CPI das Milícias, realizada em 2008, o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, afirmou ter recomendado ao prefeito que fizesse licitações individuais para regulamentar o transporte alternativo no Rio (vans e kombis). "Você não só não cumpriu isso como, em 2009, se reuniu com uma série de pessoas que foram indiciadas no relatório da CPI, sendo que algumas estão presas hoje", disse.
Na ocasião, o governo municipal optou por realizar o processo licitatório através de cooperativas. De acordo com o resultado da CPI das Milícias, essas cooperativas eram parcialmente ou totalmente controladas pelos grupos paramilitares que atuam, em especial, nos bairros de Campo Grande e Santa Cruz, na zona oeste.
Freixo também reclamou de um suposto "silêncio" do governo municipal a respeito da política de expansão do metrô na cidade. Em sua tréplica, Eduardo Paes ignorou o discurso do adversário e manteve a estratégia de enaltecer os feitos de sua gestão, citando o sistema BRT (Bus Rapid Transit) e afirmando que a expansão do metrô, projeto realizado pelo governo do Estado, conta com o apoio da gestão municipal.
"O prefeito não é comentarista do que se faz na cidade, o prefeito tem que trabalhar", disse Paes, que não fez qualquer citação a milícias em suas falas durante todo o debate. Em 2006, quando concorria a seu primeiro mandato como prefeito do Rio, Paes se envolveu em uma polêmica semelhante. Na ocasião, ele utilizou a expressão "polícia mineira" para se referir a milícias de Jacarepaguá, e afirmou que esses grupos deram "tranquilidade para a população".
FOTO; DIVULGAÇÃO / TEXTO: UOL COM.BR
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