A arte que surge da dor: exposição no Museu da Justiça do Rio traz obras de mulheres vítimas de violência
O Museu da Justiça do Rio de Janeiro estreia no dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, a mostra “Presenças Invisíveis”, que apresentará uma arte inovadora, composta por intervenções dramáticas e comoventes feitas por mulheres que sofreram violência doméstica e hoje vivem em abrigos. A partir do dia 9, a mostra estará aberta ao público. “Essa exposição demonstra a relevância que o Tribunal de Justiça do Rio dá ao tema da violência contra a mulher. Esse é um assunto importante e urgente, que deve ser discutido, divulgado e trabalhado de maneira séria e responsável, como tem feito o Tribunal de Justiça do Rio”, afirmou o presidente do TJRJ, desembargador Henrique Figueira.
A mostra, idealizada pela artista plástica e serventuária do Tribunal de Justiça do Rio Isabela Francisco, será realizada com o apoio do Rio Solidário e do Grupo Mulheres do Brasil, que celebra seus quatro anos de atuação no Rio de Janeiro. No mesmo dia, o desembargador Wagner Cinelli, grande defensor da causa, irá lançar seu novo livro, “Metendo a Colher”. A solenidade de inauguração está marcada para as 18h e contará com a presença do presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Henrique Figueira; do governador do Estado, Claudio Castro; da presidente do Rio Solidário, Heloísa Aguiar, e da presidente de honra e primeira-dama do Estado, Analine Castro, entre outras autoridades.
"Estou muito feliz e grata por ter o Rio Solidário e as mulheres acolhidas na Casa Abrigo Lar da Mulher neste projeto tão importante que, por meio da arte, transformou de alguma forma cada participante. Só com união e solidariedade vamos proporcionar o resgate que as vítimas de violência doméstica merecem", afirmou Analine Castro, presidente de honra do Rio Solidário. “O combate à violência contra a mulher é uma das prioridades do Grupo Mulheres do Brasil. Acreditamos na união de esforços dos poderes judiciário, executivo, legislativo e sociedade civil organizada”, acrescentou Andrea Sophia, líder do grupo do Rio.
No salão histórico do Tribunal do Júri do museu, um espaço formal e imponente onde já ocorreram vários julgamentos envolvendo o tema, serão apresentadas obras desenvolvidas sobre lençóis, símbolo forte e tão presente neste universo de violência. As peças, de grande impacto visual, dialogam e instigam no público sentimentos de explícita emoção em relação à violência sofrida por essas mulheres. No Salão dos Passos Perdidos, espaço conjugado com o Tribunal do Júri, a artista apresentará um trabalho elaborado sobre cliques da fotógrafa Rosane Naylor, realizadas durante as visitas à Casa Abrigo, quando as mulheres abrigadas executaram os trabalhos. A exposição é fruto de uma rica trajetória artística vivida pela artista, com inúmeras exposições individuais e coletivas, realizadas tanto no Brasil como no exterior. Suas obras hoje integram importantes coleções particulares e acervos públicos.
Serviço
Nome: Exposição “Presenças Invisíveis”
Local: Museu da Justiça do Rio – Rua Dom Manuel, 29 – 2º andar – Centro
Data: Aberta ao público de 9 de março a 3 de junho de 2022, de 2ª a 6ª feira, das 11 às 18h Indicação etária 12 anos
ENTRADA FRANCA
Nenhum comentário:
Postar um comentário